Existe fórmula pronta para ter uma super memória?
Segundo Nadia Cristina Benitez, CEO da Ginástica do Cérebro®: “o que muitas pessoas buscam é uma fórmula mágica para problemas que o nervosismo causa em nossas vidas. Quem na vida, nunca enfrentou um momento no qual teve aquele congelamento cerebral? Aflição? Branco? Apagão?”
Isso se deve ao bloqueio no córtex pré-frontal. Vamos compreender o que ocorre durante esse processo. Como funciona nosso cérebro e nossa memória?
No cérebro existem regiões que nos conectam com o lado mais primitivo do ser humano, isto é, com aspectos semelhantes aos dos animais. Estas áreas primitivas fazem o ser humano agir instantaneamente liberando 3 tipos de resposta: congelamento, luta ou fuga.
O estresse e as preocupações, ou a tranqüilidade e o bem estar, geram respostas imediatas, estas respostas ocorrem em forma de ação rápida, normalmente impensada, como uma máquina programada para responder à percepções, ações, e sensações.
O hipotálamo e o cerebelo são regiões importantes no cérebro: o hipotálamo faz a conexão entre o sistema nervoso e o sistema endócrino (onde se localizam as glândulas sudoríparas que produzem o suor).
O cerebelo é responsável pela manutenção do tônus muscular, dos movimentos involuntários e motores, precisamos dele para andar, correr, saltar, andar de bicicleta, entre outras atividades.
Quando o ambiente, ou a nossa percepção sobre o ambiente, está tranquila o cérebro atua mantendo as emoções e os impulsos básicos equilibrados e sob controle, porém quando adentramos em uma situação de estresse, seja ela esta real ou imaginária, o cérebro trava, bloqueia, e inconscientemente começa a dar lugar ao mecanismo primitivo de congelamento, luta ou fuga, enfraquecendo a influência da memória, do raciocínio, e da cognição.
O naturalista britânico Charles Darwin (1809 – 1882), trouxe grandes contribuições à Evolução das Espécies. O livro publicado por ele: Origem das Espécies (On the Origin of Species, 1872) mostra que a diversidade biológica é resultado do processo de adaptação, onde os mecanismos primitivos se fizeram necessários para a manutenção das espécies existentes no planeta.
No capítulo III (A luta pela existência) Darwin reforça que os impulsos básicos e primitivos do cérebro foram necessários devido à seleção natural.
Portanto, para evitar “brancos mentais” na hora da prova, ou em momentos importantes e turbinar o cérebro, é fundamental aprender a lidar com estes impulsos primitivos.
O treino cognitivo, denominado neuroeducação, conecta jogos inteligentes, momentos de estresse, e tomadas de decisão. Estas conexões capacitam pessoas, de várias faixas etárias, a unirem atenção, concentração, foco, coordenação motora, raciocínio e tomada de decisão em momentos críticos, e de estresse, impedindo que reações primitivas direcionem ações importantes. Venha praticar a ginástica certa para você. “Não é mágica é treino”. Seja bem vindo à GC.
Por: Fabiana Cerato